Vamos para mais um Arco X Arco de Boku no Hero Academia, dessa vez falando do arco do assassino de heróis, que vai dos capítulos 44 a 59 no mangá e dos episódios 13 ao 20 da segunda temporada do anime.
VAMOS ESCOLHER NOSSOS NOMES?
Começamos com um capítulo mais leve onde os alunos precisam escolher os seus nomes de heróis que vão ser usados mais para frente, o que é um momento cômico interessante e ajuda a passar um pouco mais da personalidade de cada um.
Nesse momento também vemos que o Iida está com algum problema causado pelo ataque que o seu irmão sofreu, ataque esse que o deixou sem poder movimentar as pernas.
OS ESTÁGIOS
Logo após, vemos que os alunos da sala A-1 terão a oportunidade de fazer estágios de uma semana em escritórios de heróis profissionais e alguns receberam convites por causa da sua atuação no festival escolar.
Com isso temos o nosso núcleo de alunos que até agora sempre esteve agindo junto se separando e indo para os seus treinamentos individuais, Uraraka foi treinar sua habilidade em combate, Deku foi aprender a usar o One for All com um antigo professor do All Might e Iida escolheu um escritório perto do lugar onde seu irmão foi atacado para investigar o assassino de heróis.
O PROBLEMA DO DEKU
Temos então o centro da história voltada no Deku e Grand Torino e o seu treinamento para aprender a usar o One for All de uma maneira mais funcional e que não quebre o seu corpo, algo que ele consegue facilmente depois de pensar um pouco.
Nessa parte da história, o Deku começa a se tornar um personagem problemático e sem graça por alguns motivos. O primeiro é a adição das porcentagens para mostrar como o Deku está forte, essa escolha é muito preguiçosa já que no lugar de mostrar pela arte ou enredo que o personagem ficou mais forte, ele coloca um número mais alto do que já tinha antes e pronto.
O segundo problema é que o Deku vai se tornando mais desinteressante a cada passo que ele dá em direção a controlar o poder totalmente, algo que começa aqui com o treinamento do Grand Torino. Esse problema vem mais do autor não saber como usar o Deku, ele acaba se tornando mais e mais um personagem unidimensional, e pior, deixando as lutas dele sem graça, algo bem preocupante para um mangá onde o foco são lutas.
A VINGANÇA DE IIDA
Desde o começo desse arco vemos que o Iida ficou mexido com o ataque que seu irmão sofreu do assassino de heróis e está querendo de algum modo se vingar dele. Isso é uma ideia muito interessante e poderia ser o foco central desse arco, mas isso não acontece.
Toda a relação do Iida com seu irmão soa artificial já que realmente o conhecemos no momento em que o ataque ocorre, então não sentimos a real ligação que esses dois personagens tem. Além disso, a vingança do Iida nunca é bem desenvolvida, em nenhum momento parece que ele realmente está virando um vigilante e não um herói, por isso que o foco desse arco devia ser no personagem dele, para sentirmos melhor e entendermos os motivos dele estar quase indo para esse outro lado.
UM PERSONAGEM VAZIO
Agora vamos falar sobre o personagem que dá nome a esse arco. O assassino de heróis, ou Stain, que é a pior coisa desse arco.
Quando você olha superficialmente parece que ele é um personagem interessante, alguém que fala que os vilões estão errados, mas que não existem heróis de fato e que só ele pode mudar isso, mas olhando com mais atenção você percebe que na verdade ele é um personagem vazio.
Ele é uma clara tentativa do autor fazer o público ver que ele entende que o mundo de boku no hero academia é ruim, mas acaba ai, ele é só uma repetição mais violenta de uma ideia que já tinha ficado bem clara antes.
Porém, mesmo sendo uma repetição, ele pode apresentar um ponto de vista novo, certo? Sim, e ele apresenta um ponto de vista, mas o ponto dele, que é a violência extrema, nunca parece ter efeito de fato. Os noticiários dizem que os índices de criminalidade caíram em lugares onde ele atuou, mas isso é igual a usar números para representar poder, fica artificial e falso.
QUE COINCIDÊNCIA!!!
Indo em direção a luta final temos o que é a segunda pior coisa desse arco, as coincidências. Nessa hora nada parece trabalhado, as coisas são jogadas e eu tenho que acreditar nelas.
Então no momento que os Nomu começam a atacar a cidade, o trem onde Deku estava é atacado por um deles e ele acaba saindo para tentar achar o Iida, que no meio de uma confusão acaba esbarrando no Stain e, no meio disso tudo, quando o Deku consegue encontrar o Iida ele manda uma mensagem com a sua localização para todos os números da sua turma e incrivelmente o Todoroki estava lá perto com o seu pai e sai para ajudar ele.
São tantas coincidências que deixa a impressão que o autor pensou primeiro em quem iria lutar para depois pensar em como trazer esses personagens para o mesmo lugar.
O FINAL
A luta final desse arco é ok. É bom ver Deku, Todoroki e Iida lutando juntos contra o Stain e perceber que principalmente o Todoroki cresceu como personagem do último arco para esse.
Depois da luta temos mais alguns capítulos de consequências do arco e a apresentação da história de como surgiu o One for All. Ela é interessante e coloca um aspecto mais épico na historia, além de trazer a ideia que o tempo do All Might pode estar acabando.
No próximo Arco X Arco vamos falar arco dos exames finais da U.A
O shonen trash do grupo, ama um trocação de socos sincera entre dois rivais, seja no anime ou no tokusatsu, o maior emocionado do site e defensor dos episódios 25 e 26 de Evangelion.
8 pensamentos em “Arco X Arco: Boku no Hero Academia #5 – Assassino de Herois”
falou merda
Se importaria de explicar o por que?
Eu realmente concordo que seria mais interessante ver mudanças visuais no Deku, basicamente ele ficando maior e o poder ir brilhando de formas diferentes. Entendo o recurso do 5%, inicialmente, mas depois disso deveria ser abandonado, realmente.
Eu acho o Stein diferente do vilão das mãos, de forma simplificada o mãozinha odeia super heróis no geral e é um anarquista, o Stein respeita os heróis que não julga ser charlatões. O AllMight não é charlatão pois a sociedade adora ele, mas ele não se vende por aí, além dele ser verdadeiramente altruísta.
Sobre a luta tripla: Eles estão todos em Tokyo, faz sentido o Todoroki estar por ali. Não vi nenhuma coincidência absurda.
Acho que as pessoas fazem da porcentagem um problema muito maior do que ela realmente é. Durante todo o mangá o upgrade de % só aconteceu duas vezes, que foi de 5% para 8%, e de 8% para 20%.
Você fala que a escolha é preguiçosa já que substitui a arte e o enredo por números, mas isso não é verdade. Mais tarde no mangá o Deku aprende a chutar e ganha aquelas manoplas que atiram, essas duas adições alteram bastante a quadrinização do manga, e por mais idiota que seja a frase “o Deku aprende a chutar” ela ainda tem função na narrativa.
Eu só consigo ver essa opinião funcionando se isolada de todo o resto.
Sim, mais para frente ele realmente ganha novos meios de mostrar o poder dele sem ser por números, são maneiras fracas? Sim, mas melhores que os números e porcentagens
Outro problema da porcentagem e que ela perde o peso muito rápido, daqui a um arco vamos ter o 1.000.000 % e depois o infinito%, que são bem sem graça e jeitos fáceis de demonstrar poder, tanto que na luta do 1.000.000% esse numero não faz nenhuma diferença no resultado final
Concordo com vc, esse arco tem bastante problema, eu até parei ele na metade e só voltei quando tava para começar a 3º temporada.
Uma coisa que sempre me irritou nesse arco é que a adoração do Stain pelo All Might não faz muito sentido, pq pelo menos na minha interpretação, o All Might é o símbolo máximo da glorificação do status de herói que o Stain tanto odeia. Sério, qual a diferença do Allmight para os outros heróis? Tirando força não consigo pensar em nenhuma, e a critica do Stain não é que os heróis não são fortes o suficiente, e tirando o Endeavor, não me lembro de muitos heróis representados como egoístas, realmente não entendo essa parte.
O todoroki fazendo estágio com o Endeavor logo depois da gente ter visto tudo que ele fez no passado me irrita tbm, mas talvez seja só eu sendo chato.
Sim.
Toda a relação do Stain com os heróis e vilões e bem estranha, e o egoismo dos heróis é uma coisa que fica no quarto plano do mangá, tirando o Endevor, que é um personagem propositalmente falho, a unica coisa que eu consigo me lembrar e que no capitulo 1 o herói que controla madeira fica com inveja de outra heroína que tirou os holofotes dele.
No ponto do Todoroki,ele fazer o estagio não me irrita tanto, mas isso ficar meio que escondido, com apenas “pistas” sobre ele ter ido para o escritório do pai não adiciona nada na historia.
na minha interpretação, o All Might seria uma exeção por que ele faz o bem não pela fama e gloria, ele começou a sendo um herói fazendo coisas pequenas limpando praias e que ele sempre vai estar fazendo trabalhos pequenos como pegar um assaltante de banco por ex e fazer trabalhos maiores a fama e a gloria foi uma consequência dos seus bons atos.