Torre de Sal de Veraneio 4: O retorno do Queridinho

Quem diria que conseguiriamos chegar na metade das estréias da temporada de inverno 2019 com tanta tranquilidade? Ânimos renovados, e otimismo lá em cima, então sem mais delongas, fiquem com o texto de hoje.

Revisions

Revisions é um projeto original do estúdio Shirogumi com direção de Goro Tanigushi, o cara por trás de Code Geass. Trata-se de um mecha em computação gráfica que vai estar disponível no Netflix…eventualmente.

Revisions é um caso curioso. Eu tenho minha relação de amor e ódio com Code Geass, e com produções da Netflix (mais ódio que amor). Mas por ser mecha, já ganhava uns pontinhos na cartela de estreias. MAAS, esse primeiro episódio foi esquisito. A começar pelo protagonista, que por causa de eventos passados se tornou um obcecado por proteger os amigos.

Eu não sei o que a série quer que eu sinta em relação a ele. Se é pra eu me simpatizar, ou se é pra achá-lo um babaca. E esse clima de incertezas passa por outros aspectos, o incidente do passado, um sequestro, não parece ter muita conexão com os monstrous pseudo-gaunas que aparecem no clímax.

E outra coisa, o cgi, por mais que não seja horrível, ainda compromete em cenas mais emotivas. Uma pena que Houseki no Kuni realmente vai se manter um ponto fora da curva, e não um sinal de mudanças. Dito isso, devo ver inteiro…eventualmente e soltar um texto aqui.

Pra fechar, os mechas são bem feios.

Meiji Tokyo Renka

Baseado em um otome game (os popularmente conhecidos como harém reverso), Meiji Tokyo Renka é uma produção da TMS (Lupin III) com direção de Akitarou Daichi (Ima, Soko ni Iru Boku), é um anime que não tem direito de ser tão bem feito.

Digo, era para ser um daqueles caça níqueis safados de toda temporada, que pega o otakinho (ou a otakinha) nos designs bonitos enquanto ela se projeta no personagem central. Mas Meiji Tokyo Renka se esforça, principalmente em sua apresentação visual e no seu início.

E é aí que mora meu problema com ele, porque toda a construção inicial é a protagonista se isolar por conseguir ver fantasmas. Mas tudo isso não vale de nada se a história vai se passar no passado. Uma construção lenta de ela se aceitando enquanto diferente e conseguindo mostrar os seus lados bons enquanto se reconecta com os outros seria um roteiro muito mais interessante. Mas talvez não vendesse tanto jogo.

Enfim, Meiji Tokyo Renka é uma produção que fica refém do seu produto original, e mesmo que eu siga assistindo por conta da direção e por causa do timing cômico na medida, me preocupa que justamente a parte do romance seja o elo mais fraco de…um romance.

Girly Air Force

Diretamente do mundo das light novels para os animes, Girly Air Force é o Macross Delta sem idols…mais ou menos. A produção da Satelight, com direção de Katsumi Ono e é uma história de guerra…acho.

Bom, é que é meio difícil dizer o que é o que aqui, e essa foi minha experiência com Girly Air Force, comecei esperançoso, depois fiquei entediado, e terminei rindo, pelos motivos errados.

Explico. O problema maior aqui, é a pressa em apresentar 423 coisas em um mesmo episódio, ao mesmo tempo em que quer entregar um peso emocional as coisas. Me lembrou o primeiro episódio de Yu Yu Hakusho, onde ao final dele nós recebemos o soco emocional no velório do Yusuke, só que feito completamente errado.

Digo, se fosse um episódio focado na apresentação do protagonista, e na relação dele com a amiga de infância, talvez o momento final com música brega de drama fizesse eu me sentir triste, e não começar a rir quando 2s depois aparecem carros pretos, a equipe da swat intercepta eles e começa uma cena vinda direto do Cassino Royale.

Mas fora esse momento mágico de incongruência, a direção tá fazendo tudo no piloto automático, pelo menos no que tange as cenas fora do avião. Porque a cena de lutinha de avião ao som de um eurobeat foram ótimas.

Circlet Princess

Baseado em um jogo, e adaptado pela Silver Link, Circlet Princess é o anime mais descartável da temporada.

A ideia aqui, é que um novo esporte surgiu, um esporte em que garotas lutam em trajes que cobrem pouco (qualquer semelhança com Keijo é mera coincidência). E a protagonista, é apresentada ao esporte ao entrar por engano numa competição e ficar de igual para igual com uma das estrelas do Circle Bout, de novo, nenhum esforço foi empregado aqui.

Então, corta pro intervalo, e no retorno, começa a apresentação de uma escola, que a protagonista entrou, e era muito forte em Circle Bout, mas atualmente está sem um clube. Agora cabe a generi-chan, levantar um clube e…você já entendeu né?

Circlet Princess é vergonhoso, ele pega todos os clichês, enfileira e aplica mal. O importante aqui são os designs das garotas e fazer propaganda para o jogo, nada além disso. E em decorrência disso, o anime é feio, mal animado, contando com repetições de frame no primeiro episódio, além de uma luta pra lá de sem graça.

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