Torre de Sal de Veraneio 5: MEGA PACOTE FINAL

Aqui tardamos mas não falhamos (exceto quando falhamos). Enfim terminando essa série de tortura em praça pública. E DE MANEIRA NADA MENTALMENTE SAUDÁVEL, FIQUEM COM TODAS AS OUTRAS ESTREIAS DA TEMPORADA DE INVERNO.

Kaguya-sama: Love is a War

Kaguya-sama é a adaptação do mangá seinen, lançado na Young Jump, de autoria de Aka Akasaka. A adaptação está por conta da A-1 Pictures, com direção de Shinichi Omata (Shouwa Genroku Rakugo Shinju).

Kaguya-sama sempre me interessou, principalmente por suas belíssimas capas, mas eu não tinha a menor ideia do que a história se tratava. E que grata surpresa que eu tive ao começar a assistir. O trabalho já primoroso de direção de Shinichi Omata traz uma psicodelia visual que combina perfeitamente com o tom de humor absurdo da obra.

Fui não esperando nada e passei o episódio todo com um sorriso no rosto, tranquilamente uma das melhores estréias, e pra não faltar a comparação vazia que auxilia nos cliques, é o Death Note das comédias românticas.

Achei que seguiria essa temporada sem uma boa comédia, mas felizmente estava enganado.

The Quintessential Quintuples

O harém da Tezuka productions, conta com direção de Satoshi Kuwabara (Dagashi Kashi 2). A obra é publicada originalmente na Shounen Magazine, escrita e ilustrada por Negi Haruba.

O que dizer desse anime? Eu realmente não sei, por que ele é tão lugar comum que fica difícil sequer extrair um pensamento mais longo que duas linhas dessa história. Basicamente são gêmeas quíntuplas, cada uma nada mais que um arquétipo, que vão se apaixonar em sequência pelo protagonista que é professor particular delas, com doses de ecchi aqui e ali para prender a audiência, e no final ele escolher a ruiva sem graça por ela ser a primeira que ele conheceu.

Talvez eu esteja me baseando em preconceito, mas olhando pra esse primeiro episódio com humor FRAQUÍSSIMO, e cheio de lugar comum, duvido muito que eu erre na previsão.

Magical Spec Ops Asuka

Mais um ano, mais uma temporada, mais um mahou shoujo edgy, adoro como não tem um que se salve. Dessa vez, com direção de Hideyo Yamamoto, produzido pela Lindenfilms, temos Magical Spec Ops Asuka. O anime, é baseado num mangá, com arte de Seigo Tokyia, e roteiro de Makoto Fukami, e é publicado na Big Gangan, a revista de Goblin Slayer.

O problema da maior parte desses mahou shoujos que tentam surfar a onda de Madoka, é que eles se prendem no dark adolescente, e esquecem o resto. E com Asuka não é diferente. Ele tá tão preocupado em mostrar os horrores daquele mundo, que ele esquece de construir um personagem, uma âncora que prende o espectador naquela maré de desgraça, e sem isso, fica só um show off de gore com umas falas muito mal escritas.

Outro problema recorrente é o absurdo maniqueísmo. Ou você é a nova encarnação de Jesus, que veio sofrer pela humanidade, ou você é um enviado do inferno, que está aqui para punir a todos nós. Bem ruim, mas um ruim daquele jeito gostoso.

My Rommate is a Cat

My Rommate is a Cat é um slice of life sobre um escritor que encontra um gato. Baseado no mangá de Tunami Minatuki e As Futatsuya, lançado na Comic Polaris. A adaptação ficou a cargo da Zero-G, com direção de Kaoru Suzuki (Dive).

Eu já não sou o maior dos apreciadores de slice of life em anime. Sinto que a característica inerente de contemplação presente no gênero funciona muito melhor quando o ritmo está na minha mão. Dito isso, slice of lifes com uma carga maior de comédia tendem a me agradar mais, como foi o caso de Barakamon, anos atrás.

E se você percebeu que eu estou a um parágrafo escrevendo e nem entrei em My Rommate, é porque ele é bem sem graça. As piadas não funcionam, o protagonista é absolutamente qualquer coisa, e o gato, mesmo com um design simpático, não conseguiu segurar minha atenção por 23 minutos. Dou o prêmio de soninho da temporada.

Grimm’s Notes

Existe uma boa história em Grimm’s Notes. Claramente não a história que vai ser contada pela Brain’s Base com direção de Seiki Sugawara (D-frag). Mas existe.

Todo o conceito de que as pessoas possuem um livro contando todo o seu destino, que estão fadadas a seguir um script eterno escrito por uma entidade, repetindo infinitamente uma fábula famosa. Tudo isso é muito legal, mas tudo isso não importa.

Não importa, uma vez que Grimm’s Notes é adaptação de um gatcha, então o importante é conseguir novos bonecos para enfrentar os vilões genéricos de Kingdom Hearts. Por falar em genérico, é impressionante como todos os personagens da party principal são ZERO interessantes, assim como zero apresentados. Parece que eu cliquei pra ver o episódio três de uma série mediocre. Mas era o um, e isso deixa tudo muito pior.

Eu realmente não sei como alguém termina esse episódio e pensa, bora pro dois. Não tem nada aqui que foi apresentado de maneira minimamente decente, é um amontoado de coisas, que podem, ou não, fazer sentido pra quem jogou o gatcha.

Mas adaptações tem que se valer por si, e enquanto história, Grimm’s Notes é terrível.

Domestic na Kanojo

Baseado no mangá da Shounen Magazine, da autora de Good Ending, Kei Sasuga, vem aí o mais novo..drama? Então, do estúdio Diomedéa, e direção de Shota Ihata (Girlish Number), vem aí o mais novo…harém?

Esse é o meu exato problema com Domestic na Kanojo, ele não sabe o que quer, ao menos a produção não sabe. Porque a abertura deixa bastante claro que vai se tratar de um drama, e o episódio vai avançando com sexo casual, daí ele se confessa para a professora, as coisas estão andando rápido…AH, eles vão ser irmãos agora…tanto a menina do sexo casual quanto a professora….

Esse foi meu arco dramático com o primeiro episódio de Domestic na Kanojo, comecei esperançoso com um drama que,apesar de clichê, poderia funcionar, terminei chegando num ecchi meio esquisito e mal animado. E se tem uma coisa que farei, é ver até o fim, pra saber o quão fundo essa história vai chafurdar, na lama da desgraça.

The Magnificent Kotobuki

E do estúdio que fez os LINDÍSSIMOS Berserk 2016 e Berserk 2017 chega a mais nova agressão visual, The Magnificent Kotobuki, com direção de Tsutomu Mizushima (Shirobako).

Bom, o que dizer sobre esse anime que mal conheço e já não quero mais ver. Eu devo ter durado cerca de 6 minutos olhando para a tela enquanto passava Kotobuki. Não por um problema de roteiro nem nada, mas simplesmente por uma escolha visual. O anime teve a BRILHANTE ideia de fazer parte do elenco em cgi e parte em animação tradicional. E de colocar esses personagens de estilos diferentes, na mesma cena, no mesmo take, e o resultado é uma das coisas mais feias que saiu nessa temporada. É simplesmente impossível de se concentrar em qualquer outra coisa, parece que algo está errado, e de fato está.

Então fico na espera de um patch 2.0 que me entregue, ou um estilo, ou outro, porque do jeito que tá, não tem como não.

Bermuda Triangle: Colorful Pastrale

Bom, eu disse quase mais feio, por termos Bermuda Triangle na mesma temporada. Do estúdio Seven Arcs, com direção de Junji Nishimura (Glasslip), Bermuda é impressionante, na pior maneira possível.

É até difícil falar de Bermuda Triangle, uma vez que ele erra absolutamente TODOS os aspectos. É visualmente horroroso, não possui ritmo, não possui coesão interna, não possui trilha sonora de qualidade, não possui roteiro de qualidade…a lista segue longe. Eu realmente não consigo acreditar que Bermuda Triangle: Colorful Pastrale foi feito por uma equipe de profissionais.

Digo, eu não sei nem O QUE ele quer contar. Um episódio se passou, eu não fui apresentado nem a QUEM É O PROTAGONISTA DESSA HISTÓRIA. É um caos, uma bagunça que eu espero em light novel de youtuber, não de uma produção comercial.

E pra coroar, temos um barulho de água que foi claramente gravado no escritório, com o galão que ele tinham lá, e fica sendo repetido a cada minuto da torturante jornada que esse anime nos entrega.

Dimension High School

De tempos em tempos o Japão nos brinda com o mais puro suco da bizarrice. E um desses casos é Dimension High School, dirigido por Abe Yuuichi.

Dimension High School é um anime (?) de humor nonsense com secções de live action, e é simplesmente maravilhoso. O timming cômico tá no ponto, a falta de qualidade proposital nas atuações e no CGI estão no ponto, tudo está no ponto.

A única dúvida que eu tenho, é se o bizarro pelo bizarro consegue segurar uma temporada inteira, mas esse primeiro episódio foi com certeza um dos melhores da temporada de inverno 2019. E eu tenho propriedade para fazer esse comentário depois de todos esses posts.

Esse sim é o isekai que vale na temporada.

Hulaing Babes

Um anime original feito pela Gaina (não confundir com Gainax), e direção de Yoshinori Asao. Hulaing Babes é uma aposta minha da temporada.

5 minutos, visual bem Yuasa, e experimentação visual, isso já me é mais que o suficiente para seguir assistindo o anime. Mesmo porque, quando se tem apenas 5 minutos, não vai rolar lá muito trabalho no plot nem nada.

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