E sejam muito bem-vindos, queridos ouvintes a mais um podcast Quadro X Quadro! No programa de hoje, Jean ‘Kei’ Badji, Gabriel Guerrero, Victor Hugo e o convidado Mateus Murozaki se reúnem para comentar, debater e analisar a (possivelmente) pior parte de Jojo’s Bizarre Adventure, Vento Aureo.
Sendo a quinta parte da série de Jojo, Vento Aureo foi lançado na Shonen Jump entre os anos de 1995 e 1999, sendo a sequência de Diamond is Unbreakable
O que nos faz desgostar tanto de Vento Aureo? Seria Giorno o Jesus italiano? Por que o Mista leva tanto tiro? Dá para perceber a falta de planejamento do Araki? Bruno é o real protagonista de Vento Aureo?
Prepare então a sua cadeira. Prepare seu fone de ouvido. Chame sua gangue de mafiosos com roupas estilosas e confira no podcast tudo isso e muito mais!
Gostou do episódio? Quer contribuir com a discussão trazendo outras informações? Acha que estamos errados e que na verdade Vento Aureo é a melhor parte de JoJo? Então deixa teu comentário aqui em baixo, envia um e-mail para contato@quadroxquadro.com.br ou entra em contato com a gente para trocarmos ideias pelas nossas redes sociais, que estão nos links abaixo, junto com os feeds RSS e do iTunes/Apple Podcasts.
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Mangás Quadro X Quadro
Edição de Áudio: Jean ‘Kei’ Badji
Artes de Capa e Vitrine: José Verissimo
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Um pensamento em “Quadro x Quadro 090 – Jojo’s Bizarre Adventure: Vento Aureo”
Eu juro que não é proposital.
Mas de alguma forma, eu sou compelido a vir expressar meus pensamentos quanto as obras de JoJo faladas nos podcasts, porque eu tenho uma relação muito estranha com essa série. Não somente pelo fato de eu ser mais próximo das partes pares e quase detestar todas as partes ímpares do mangá, mas também pelo fato de eu saber que eu não gosto dessa série, definitivamente não consigo gostar dela, mas quando ela acerta é sempre em níveis altos que acabam me prendendo por mais um bom tempo.
A Parte 5 eu consigo saber o porquê dela ter me mantido sem dormir, diferente da parte 3 onde eu literal dormi lendo e dormi assistindo: o verdadeiro protagonista da obra que é o Bruno e não o Giorno. Aliás, assino em baixo nas afirmações de que se você tirar o Giorno desse mangá, a única coisa que você perde é o começo que, consequentemente, é irrelevante para o resto da obra que começa no exato segundo em que o Bruno aparece e a verdadeira trama por trás da mafia vai se expandindo. Porque é aqui que estruturalmente a gente tem um verdadeiro começo de obra. Em uma perspectiva puramente estrutural, eu sempre detestei o Araki, pois mesmo em partes que eu gosto – e infelizmente isso se mostra ser verdade em alguns segmentos de Stone Ocean (minha parte favorita), é claro o quão desorganizado ele acaba sendo na hora de estruturar as suas histórias, me lembrando bastante a forma como o Kojima trabalha as suas histórias. Ele possui temas, “clear as day and transparent as water” inclusive, ele separa os personagens de acordo com as suas funções (alguns são destinados a serem puramente funções, né Trish) porém na hora de construir relações para que a barreira das funções seja quebrada e o público/audiência comece a entrar na obra de forma a se tornar parte dela e não apenas uma passividade espectral, é quando ele falha na hora de expandir as relações autor e obra com JoJo.
Eu não estou aqui para julgar os gostos de alguém, longe disso (eu gosto de School Days (anime), eu sou a última pessoa para falar bem dos gostos de alguma pessoa), mas o que me vem em mente quando eu penso do porquê algumas pessoas podem gostar da Parte 3 e 5 é puramente por conta do que foi dito no podcast e mais, porque o que eu mais noto em público de anime é o quão efetivo a estético e os impactos visuais acabam tendo nas formações de opinião desse público e indiscutivelmente a Parte 5 é a que tem isso de forma mais gritante. Mas quando você para essas pessoas e pede para uma contextualização do porquê elas gostam mais de determinados personagens, nós sempre temos as mesmas respostas: Roupa, Pose, Visual de Stand, Referência ao Dio, Ship, Bruno Buc* (piadoca com o nome dele), Mamãe Bruno, Ship, Stand mais dificil de se entender da série, Ship, […] e sempre são sinônimos e adjetivos vazios que são apenas partes de composição de uma coisa e nunca a definição narrativa ou expressão coesa delas na obra. Eu consigo parar e definir o porquê de eu gostar tanto da Jolyne como protagonista e do Josuke, passar um belo de um tempo falando de como eles subvertem as suas expectativas do que esperar de um protagonista, o papel deles na história, mas também de como as suas inter-relações são bem exploradas, nós conhecemos mais das suas personalidades e as expansividades delas com os seus relacionamentos, como por volta e meia nós temos os seus Stands dizendo mais sobre eles conforme a obra vai passando, e por aí vai. A Parte 5 são sempre adjetivos vazios, na minha perspectiva.
Eu fui querendo gostar dessa história, porque Mafia é sempre um tema que me conquista de bate pronto. Eu nem precisei saber da qualidade da série, mas assim que me falaram que existia uma série chamada Sopranos, eu pulei que nem um imbecil para assistir ela – e dane-se a qualidade da série, eu tenho um fraco gigantesco por histórias de mafia, intrigas de poder, investigações, as conquistas menores e a queda de grandes grupos mafiosos, por ai vai. Mas conforme o tempo passava, era estranho, eu sentia que Katekyo Hitman Reborn conseguiu ser mais fiel ao tema do que JoJo Parte 5 onde isso é intrinsicamente a definição de muitos personagens e motivações de vida na série (o que não pode ser dito de Hitman Reborn). E mesmo que temática não importasse e a verdadeira conquista fosse a construção narrativa ou uma elaboração estrutural que fosse nos manter ali pela sua qualidade de entrega, ele falha até mesmo nisso pois como já dito no podcast e eu concordo demais: essa estrutura já parecia cansada na Parte 3 e ele decidiu voltar com ela sem um sinal de aprendizado.
Espero não ter sido muito chato, gostei bastante do programa e como das outras vezes, sempre me levantando pensamentos do porquê eu gosto ou desgosto de algum aspecto da obra. Mas no fim do dia? Infelizmente eu tenho que concordar: até a parte mais chata de JoJo consegue ser melhor que o anime favorito de muita gente aí. xD
Um abraço para todos vocês, meus queridos, fiquem bem, se cuidem e nos vemos em futuros programas. Espero que até lá eu consiga matar essa minha preguiça de comentar somente em edições de JoJo e passe a deixar comentários em outras edições. Que por sinal, a edição ficou bem gostosinha. Como editor, sempre aprecio isso.
Um beijo, queridos.