Torre de Sal de Veraneio 2: o ANIME DO ANO, e mais uns outros

Depois de um breve descanso no final de semana, volta a minha aventura passando por todas as estreias, não continuações da temporada de inverno 2019. Caso não tenha visto a parte 1, ta aqui no capricho.

W’z

W’z é o novo projeto do estúdio Go Hands, e se trata de uma história, talvez continuação, de Hand Shakers. Mas mesmo se tratando de uma possível continuação, coloquei aqui, porque Hand Shakers foi o pior anime de 2017, e espero feitos de igual calibre de W’z.

A começar pelo roteiro, é uma bagunça completa. Ele passa quase todo o começo do episódio falando sobre qual escola o protagonista vai estudar no colegial, mas é uma história sobre ele sendo um DJ, ao mesmo tempo que é um battle royale. Essa salada maluca dá a sensação que o estúdio ficou encantado demais com o conceito de Hand Shakers pra conseguir largar o osso.

Inclusive, isso é o que eu acho mais mágico sobre o Go Hands. Eles são aquele tiozinho, que vai no twitter reclamar de arte moderna e dizer que qualquer um faz, sem entender nada das técnicas. Só que personalizados num estúdio, e W’z é a arte moderna feita por quem não entende nada de…arte.

Mal posso esperar para movimentos bizarros com a câmera que mais deixam o espectador confuso que dão dinamismo a alguma cena, personagens com zero motivação tendo cenas emocionais, e por algum motivo o muleque protagonista é um gênio dj, fazendo uma música meio bosta.

Ueno-san wa Bukiyou

Ueno-san wa Bukiyou, é baseado no mangá homonimo escrito pelo tugeneko na Young Animal (Berserk). A adaptação ficou a cargo da Lesprit, com direção de Tomohiro Tsukimisato.

Ueno-san poderia ser uma boa comédia, poderia ser um bom romance, sua arte carismática e formato de 10 minutos dariam um bom passatempo relaxante durante a temporada. Sim, poderia ser tudo isso se não fosse a camada borderline pedófila que o anime e (imagino que) por extensão o mangá também tenha.

O grande problema de Ueno-san é que todo o humor, vem da menina do fundamental querendo loucamente dar para seu colega de classe, com imagens cada vez piores ao ponto em que foi realmente difícil terminar esses dez minutos sem morrer de desgosto no processo.

Não recomendo assistir isso na companhia de qualquer outro ser humano, não recomendo sequer assistir, para começo de conversa, tranquilamente a pior estréia até aqui. A propósito, nenhuma das piadas tem um bom punchline pra compensar o caráter duvidoso do autor disso daqui.

Dororo

Dororo é baseado no mangá de mesmo nome, escrito por ninguém menos que Osaku Tezuka, considerado um de seus muitos clássicos. Essa nova versão, feita pelo estúdio Mappa em parceria com a Tezuka Productions, tem como diretor Kazukiro Furuhashi, o cara que dirigiu os OVAs do Kenshin (a série toda, na verdade), que mais recentemente dirigiu também o Gundam Unicorn.

Se um dos mais famosos mangás do pai dos mangás, ser readaptado por um cara que fez um dos trabalhos mais bem avaliados sobre a temática, com um estúdio conhecido por animações de qualidade alta, não é o suficiente para te fazer ao menos conferir Dororo, talvez você devesse rever suas prioridades.

Mas falando sobre esse primeiro episódio, o trabalho visual está impecável, e uma história de vingança, matando demônios, enquanto discute a ganância do ser humano e, ao que parece, trabalha o Hyakkimaru deixando de ser uma besta em contraste com a inocência infantil do Dororo, faz desse anime um dos obrigatórios da temporada. Inclusive, os fundos estão um absurdo de lindos.

Pastel Memories

Bom, e pra fechar tem esse aqui né….Pastel Memories é baseado em um jogo. O anime é feito pelo estúdio Project No.9 (quem?), com direção de Yasuyuki Shinozaki.

Então, Pastel Memories se passa em um futuro, onde as pessoas ouviram o Miyazaki e anime se mostrou um erro, com a cultura otaku em declínio, sobrou apenas um café onde a protagonista trabalha, que também tem uns mangás e tal. Mas nada disso importa, porque Pastel Memories tá aqui pra comunidade otaku bater palma pra ela mesma. Ou tentar, e falhar bastante

Digo, tudo que Pastel faz é genérico, quando bem sucedido, e simplesmente sem graça, quando falha. A tríade de personagens parecem remixes de outras personagens famosas, com uma personalidade tão interessante quanto observar a tinta da parede secar.

A trilha é….mal colocada e pouco inspirada, e talvez exista alguém dirigindo esse negócio, mas não posso comprovar por hora.

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