E sejam muito bem-vindos, queridos ouvintes a mais um podcast gigantesco. No episódio de hoje, Gabriel Guerrero, Jean ‘Kei’ Badji, José Verissimo, Matheus Pilot, Pedro Guilherme e Victor Hugo se reúnem para destrinchar os mais de 300 filmes lançados na década de 10 e decidir qual são os melhores de todos!
A ascensão, a coroação e a queda, foram essas as coisas que aconteceram nesses últimos anos. O cenário de longas-metragens tomou novas direções e novos ares. Embarque conosco nesse programa para ter um balanço geral de tudo que rolou e muito mais.
Para tal, foram selecionados 30 filmes para breves analises e comentários e ao fim do popcast, montar uma lista de top 10 e a coroação do Melhor Filme da Década!
(Aconteceram alguns problemas no áudio durante a gravação, mas nada muito grave)
Gostou do episódio? Achou que falamos muita besteira, ou quer contribuir com a discussão? Então deixa teu comentário aqui em baixo, envia um e-mail para contato@quadroxquadro.com.br ou entra em contato com a gente para trocarmos ideias pelas nossas redes sociais, que estão nos links abaixo, junto com os feeds RSS e do iTunes/Apple Podcasts.
Nosso Link da Amazon
Mangás Quadro X Quadro
Atos do programa:
0:00:00 – Introdução e menções.
0:16:40 – Muitos Filmes.
3:02:44 – Emails e Anúncios.
Edição de áudio: Matheus Santos
Artes de capa e Vitrine: Matheus Santos
Podcast: Play in new window | Download
Subscribe: RSS
5 pensamentos em “Quadro x Quadro 057 – Melhores Filmes Anime da Década”
Agora sobre Mirai no Mirai, devia ter visto esse filme antes, facilmente um dos meus favoritos junto com Crianças Lobo. A mãe e o pai são personagens bem diferentes, da pra entender porque da pra gostar de um e não de outro, mas acho importante também perceber o que estes personagens querem representar em termos de sociedade.
A mãe cuidou do Kun-chan sozinha, e quando nasce a Mirai e quem vai trabalhar de casa pra cuidar dela é o pai, não fica simplesmente “equilibrado”, pois ela tem que ensinar pra ele como fazer tudo que ela fez o tempo todo, então da pra entender porque ela é tão pouco paciente, e o fato dela se sentir culpada por ser impaciente torna ela uma personagem muito compreensível, mesmo pra quem se identifica mais com a personalidade mais passiva do pai. Ela não pode simplesmente chegar em casa e ser a “mãe legal” depois do trabalho porque ela da de cara com várias pequenas coisas da casa que o marido não fez, e se ela estivesse em casa teria feito, e ainda tem que amamentar. Ao mesmo tempo, isso tudo é tratado de maneira muito leve, então é fácil ver o pai se esforçando e achar ele fofo (que em certo sentido é fofo mesmo), mas se você olha pro todo e ve que ele não ta fazendo mais do que a obrigação, a frustração da mãe se torna muito mais palpável.
Isso cria uma relação muito forte e dual do Kun-chan com a mãe, que é muito mais parecida com ele em termos de personalidade do que o pai, mas que ele também vê como uma bruxa em certos momentos. A parte em que ele encontra ela criança ajuda a fortalecer os laços deles, e a parte da “bruxa” fica superada, que pode parecer simples, mas eu acho bem bonito como arco, especialmente pensando no tema do filme como um todo.
Triste ver Liz to aoi tori não ganhando, na minha opinião é o melhor filme ja feito não só de anime ;-;
Ainda tenho que ver mais dos filmes citados, principalmente os de 2019, mas o cast com certeza foi uma ótima discussão que me animou pra ver mais filmes e acrescentou muito (exceto a parte que o Victor falou mal da mãe de Mirai kkkk). Por favor usem esse formato para os casts de melhores do ano pois aquele critério de desempate de voces sempre achei muito duvidoso hahahaha
Crianças lobo não apenas é o melhor filme de anime da década como também é minha animação preferida e um dos meus filmes preferidos.
Na época que saiu Your Name eu estava com um hype absurdo por ter consumido tudo do Makoto Shinkai e adorado. Eu colocava ele no patamar dos meu diretores preferidos, mesmo sendo totalmente monotemático e tendo obras muito medianas. Como eu não costumo rever filmes, a impressão que fica é sempre a da época, então eu amei demais esse filmes mas depois fui entendendo os problemas dele. Vendo weathering with you esse ano foi bem decepcionante, pois a expectativa já tava baixa e não consegui gostar. Mas ainda espero que ele surja com algo bom logo haha
In this corner of the world com certeza entraria no meu top. Acho que os problemas que vocês apontaram nesse filme é justamente o motivo pelo qual eu gostei tanto dele: um slice of life onde não existe necessariamente uma mensagem ou um propósito. Eu consigo me relacionar muito com esse tipo de filme, inclusive eu gostei muito mais dele do que The night is short, walk on girl, mesmo sabendo que o filme do Yuasa é melhor tecnicamente.
Desculpa o comentário gigante e até
Gostaria de deixar claro que eu e a Marli fizemos estes comentários simultaneamente de maneira independente, inclusive nem comentamos uma com a outra sobre o cast, acreditem se quiserem.
Adorei o episódio, foi muito bom relembrar ótimos filmes que eu vi nos últimos anos e me interessar mais por alguns outros que eu não vi.
Gostaria de aproveitar a oportunidade e exaltar um pouco mais o Isao Takahata, O Conto da Princesa Kaguya é maravilhoso e ouvir o podcast me deixou com vontade de assistir de novo. Em contraste, Vidas ao Vento – que, se eu entendi direito o que vocês falaram, era pra ter sido lançado simultaneamente – me deixou absolutamente frustrada quando eu assisti. Eu nem lembro direito da história do filme, só sei que terminou e eu estava puta, pensando “que diabos de mensagem esse filme quer passar sobre as prioridades na vida do indivíduo??”.
Agora, sobre o Makoto Shinkai, eu acho que tem muitos motivos pra gostar bastante de Kimi no na wa, principalmente estética e musicalmente, e eu gosto das personagens, diria que o único ponto baixo do filme é o roteiro. Pena que o roteiro é importante demais, o que rebaixa o filme de “obra prima” para apenas “regular”. Este filme também tem o efeito particular de, dependendo da pessoa, conseguir vender o roteiro pela emoção, o que te deixa preso enquanto você assiste o filme, mas depois que a emoção passa, você ve que a coisa toda não fazia tanto sentido assim. Enfim, não é um filme ruim, e é muito frustrante ele ser algo tão “ame/odeie” simplesmente porque algumas pessoas decidiram exaltar ele como melhor filme do mundo, o que gera uma reação compreensível de depreciação. O problema é que aí o Makoto Shinkai faz outro filme com o mesmo tema de sempre (amor impossível/distante, etc etc) e consegue fazer um roteiro ainda pior, mesmo com personagens legais, com a mensagem ridícula de que vale a pena desgraçar a vida de todo mundo pra salvar seu amor adolescente transcendental. Pensando bem, talvez a mensagem no fundo seja de que a gente deve seguir nossos corações e o mundo vai convergindo pra um estado de equilíbrio de acordo com as consequências (que também não é lá a melhor mensagem do mundo), mas se era isso, o filme não fez um trabalho muito bom nesse sentido. O que é uma pena, porque eu gosto dos filmes dele em geral, e acho triste que ele não melhore durante a carreira.
Eu ainda não vi Mirai, talvez eu volte aqui pra comentar depois de ver, mas fiquei com a impressão de que a mãe é uma pessoa normal, e a critica a ela me soou como aquele cenário de pais separados no qual a mãe cria os filhos, faz tudo, e o pai aparece no fim de semana, da sorvete pra criança e vira o melhor pai do mundo hahahaha. Enfim, analogias ruins à parte, pareceu pela conversa que o esforço dela como mãe é constante e, por isso, subvalorizado, enquanto o do pai foi pontual. Terei que assistir pra ver o que acho.
Crianças Lobo é maravilhoso, 100% correto ficar em primeiro lugar, embora de todos os filmes citados, o que eu vi mais recentemente que eu gostei mais foi Liz to Aoi Tori, o que me faz pensar nele com mais carinho. Mas isso já inclui todo o envolvimento emocional com Hibike Euphonium, o que não torna a comparação muito justa.
Ahh, e realmente funcionou muito melhor esse formato de votação que vocês adotaram.