Shingeki no Kyojin é um daqueles mangás (ou animes) que explodiram nos últimos anos, trazendo uma gama nova de pessoas para a mídia e deve ser parabenizado por seus feitos. Mas não vim aqui hoje falar bem da obra do Hajime Isayama, então fica o aviso, esse texto contém spoilers até o capítulo 90 do mangá.
Shingeki começou sua publicação em 2009 na Bessatsu Shounen Magazine (mesma revista de Aku no Hana, Koe no Katachi o one shot e Arslan Senki), e se mantém em publicação até hoje, sendo um mangá mensal.
Importante falar também que esse texto não é uma review (afinal é uma obra em andamento) e eu não vou me focar na incostante arte ou no preguiçoso enquadramento do Isayama. Aqui eu falarei sobre o roteiro somente.
Attack on Titan eu tenho que parar de ficar usando nomes diferentes pra mesma coisa é uma obra quase totalmente Plot Driven (obras focadas no roteiro e não em personagens, como Death Note) uma vez que a construção de personagens é simplesmente péssima.
Como exemplo disso, vamos pegar o trio principal da série: Mikasa, Armin e Levi, e comparar como foram apresentados e como estão agora;
Mikasa foi apresentada como uma personagem um tanto fria, super poderosa, que queria proteger o Eren e meio que se importava com o Armin. Atualmente Mikasa é uma personagem um tanto fria, super poderosa, que quer proteger o Eren e se importa com o Armin.
Armin era um personagem muito inteligente, com pouca força física, curioso, pensava fora da caixa, confiava nos amigos, mas tinha dúvidas sobre a própria capacidade. Agora Armin é um personagem muito inteligente, com pouca força física (exceto quando vira titã, mas…né, power up não é evolução de personagem), pensa fora da caixa, confia nos amigos e tem dúvidas sobre a própria capacidade…acho que já deixei claro o meu ponto quanto a ausência de arcos de personagens.
Estabelecido qual o estilo que a série mais se encaixa, vamos olhar aos objetivos até aqui: nos é apresentado, logo no começo da série, o momento no qual Eren vê sua mãe ser devorada por um Gigante, amaldiçoa a própria fraqueza e decide se vingar de todos os monstros exterminando-os, em uma cena consideravelmente bem construída, então ele se torna um híbrido de gigante e humano, algo que poderia ser bem melhor trabalhado internamente pelo personagem do que é, afinal ele havia se tornado aquilo que jurou exterminar….mas enfim, um pouco depois disso é estabelecido o objetivo inicial da série, chegar ao porão do Eren e descobrir a verdade, algo que como em qualquer bom roteiro ressoa com o protagonista, pra alcançar o porão ele teria que matar Titãs, seu objetivo e a coisa com a qual o leitor está dramaticamente ligado.
Os problemas começam quando surge um arco de revolução, arco esse que tem tão pouca conexão com o protagonista e por consequência da ausência de personagens bem escritos com o leitor que o Eren vira uma donzela indefesa por quase todo o arco (o que já é uma repetição de plot).
Mas, como a revolução é em prol da sobrevivência da humanidade, e ainda está (apesar de tortamente) conectada aos titãs, da pra aceitar que era um passo necessário para alcançar o objetivo do Eren na real é só o autor esticando o mangá pra conseguir dinheiro extra, mas vamos fingir que não E ENTÃO CHEGAMOS A CEREJA DO BOLO!!
Finalmente vemos a verdade do mundo e descobrimos que eles estão lá por serem cuzões ou não e terem escravizado o resto da humanidade ou salvado e o poder é passado por todos daquele povo aparentemente de maneira mágica, ou seja, meias respostas por todo lado, afinal temos que manter o leitor engajado e comprando.
E qual o motivo de ter que utilizar meias verdades? E é bem simples na real, a história já acabou (e da PIOR MANEIRA POSSÍVEL) e o que vem depois não fez o menor esforço de conectar com a história anterior…mas vamos por partes.
Primeiro vamos falar sobre os reais vilões: nazistas? Sério? Tinha como construir mais porcamente e de maneira corrida? Tipo, utilizar nazistas é uma técnica um tanto barata pra estabelecer que alguém é mal, afinal hey, todos sabemos o quanto os reais eram, então só traçar um paralelo aqui e…temos vilões que o leitor já odeia, simples e fácil.
Agora falando sobre como a história acabou. No começo do texto eu estabeleci o objetivo do Eren e, por consequência, da história, ele quer exterminar os titãs, e ele consegue, em um quadro numa página de time-skip.
Ou seja, as criaturas que davam problema e quase levaram aquele povo a extinção, foram exterminadas em questão de 1 ano, por um exército totalmente debilitado (devido a recente revolução + total destruição da Tropa de Exploração), sem perdas significativas, e isso é um problema em tantos sentidos, a começar pela ”construção” do Armin que no mesmo capítulo se questiona em ter sido escolhido no lugar do Erwin. Com o extermínio dos titãs, você acaba por estabelecer que o Erwin era um incompetente, e que o Levi é muito mais capaz, logo, tanto faz se quem voltou foi o Armin ou o Erwin, nosso grande salvador daria um jeito de qualquer maneira.
Outro problema nesse quesito é o Eren, que odiava os titãs, e tinha como objetivo seu extermínio, mas agora…qual o objetivo dele? Enfrentar os nazis? Nem houve construção dramática pra isso, nem houve um encerramento, maneira digna, pro objetivo anterior (ele vê o que poderia ser o último titã…e não se importa), em outras palavras, o objetivo do Eren não importa, ele não importa, afinal, o Levi é muito mais popular, rende muito mais dinheiro prova disso é o spin-off em que ele é protagonista.
Pra traçar um paralelo de quanto isso é ruim, peguemos One Piece, o objetivo do Luffy é conseguir o One Piece, que se localiza em Laftel, no meio disso tudo temos o mistério do século perdido que envolve os D’s (a quem o Luffy faz parte). Então imaginem o cenário em que eles encontram o Ryo Ponegliph (artefato que guarda a verdadeira história, e objetivo da Robin) algumas ilhas antes de Laftel, nele está escrito que a marinha praticou genocídio dos D’s, que protetores da humanidade. Nesse ponto rola um time skip de um ano em que aparece escrito: “então Luffy chegou à Laftel e encontrou o One Piece”. Viramos a página e ele está indo enfrentar a Marinha.
Com isso, é fácil estabelecer muitas coisas, Shingeki no Kiojin não possui nem mesmo um roteiro bom mais, sobrando coisas como…já estou aqui, então vamos terminar, como seu único ponto positivo. Eren se estabelece com um dos piores protagonista dos mangás shounen, ao lado de exemplos excelentes, como Ichigo (Bleach) e Tsuna (Kateikyoushi Hitman Reborn!). Alta probabilidade dos outros membros do esquadrão de exploração ganharão poderes de titã.
Enfim, continuar lendo Shingeki vai ser divertido. Será um exercício pra ver até onde ele vai se afundar. Pra ver quanto mais os personagens vão ficar indistinguíveis. Por fim, um teste de quanto tempo vai levar para as pessoas perceberem que Sword Art Online não foi a última explosão de uma péssima obra.
O cara que só acredita vendo, e depois acaba escrevendo para os outros acreditarem.
26 pensamentos em “Shingeki no Kyojin, quando mistérios se sobrepõem à narrativa”
caralho guerreiro, mandou muito bem, me senti em êxtase lendo esse texto.
So porque você não se identificou com os personagens quer dizer que são ruins. Seu merda
Eren, por exemplo, nos atuais do mangá acho um dos protagonistas mais bem desenvolvidos que ja vi e me identifico muito com ele.
So porque você se identificou com os personagens quer dizer que são bons.
Eren, por exemplo, nos atuais do mangá acho um dos protagonistas pior desenvolvidos que ja vi e não me identifico muito com ele.
Se eu cagar agora, colocando uma merda atrás da outra, vai estar exatamente igual ao seu texto.
Conversar com argumentos que é bom nada.
É difícil assim defender a escrita do Isayama, só tem edge, logo, as respostas às críticas também são assim.
eu sabia que chegaria alguém usando esse argumento, é clichê demais
Shingeki se tornou uma Piada.
Eu particularmente gosto de attack on titan também não gostei do final dos titãs pois eram a melhor parte do anime/manga.
Porém alguns personagens podem não terem evoluído mais tem personagens com uma evolução muito boa também com jean ,bertold e erwin eles mudaram muito e de forma bem construida os nazistas realmente foram ruins e mal construidos .(jean e meu personagen preferido por isso a evolução dele é ótima de um cara q só pensa em si e quer só se salvar a alguem q valoriza a vida de todos a alguem q mata outros humanos pelo bem melhor personagem)
Pior é ver que em vários pontos você simplesmente não faz o menor esforço de interpretar a história, e como o Eren é IMPORTANTÍSSIMO em cada situação. Sugiro que assista algumas análises em outros blogs ou canais, já que você tem essa dificuldade. E pra quem leu o texto, não reparem nessa bagunça. Tanto o mangá quanto o anime são ótimos, e estão partindo para um final incrível!
Final incrível, realmente, tem razão, com certeza, aham, SHOW!
Eren pombo, Mikasa beijando a cabeça decapitada do Eren, grandíssimo final.
“Não entendi o mangá então vou fazer um textão falando sobre como ele é horrível” AKSOKAOSKAOSKOAKSOKAOSKAOSKOAK NUNCA LI TANTA BOSTA… PS: Leia o mangá agora em 2019, e veja como a obra está partindo para o seu final de forma espetacular!
Poxa Juninho, não fique bravo, eu leio o mangá atualmente, está muito pior do que na época do texto.
sinceramente, qual o problema de vcs com essa tara de mangá? desde 2014 eu ando vendo essa mesma falácia, ”ah, mas vc n viu o manga, acontecem coisas, ah mas se vc lesse o mangá sua opinião mudaria, ah mas se vc lesse o mangá vc vai descobrir que as coisas vão ficar claras” mesmo que melhorasse, (e não melhora) isso não justifica a atrocidade chamada roteiro que Isayama fez.
eu até cheguei a pensar em reler Shibgeki pra ver se o mangá era tão ruim assim, mas depois de ver esses pontos,
é, eu vou deixar droppado mesmo. Shingeki não merece o meu tempo.
Adorei o post. Realmente, conseguiu exemplificar bastante os maiores problemas da obra. Não liga pra esses caras ai nos comentários que não tem senso crítico! Fala sério, esse pessoal que fica endeusando o Manga mesmo com seus problemas e demasiada decadência. Se for pra defender porcaria, então vão falar de novela da globo.
Mano, é uma história, até na vida real as histórias tem alguns defeitos, para de querer tanta coisa, entendo esses furos e talz, mas ainda sim ;-;
Preveu o futuro.
nunca li tanta bosta kkkkkkkk’ o cara nao tem ideia do que ta falando
mano whatFOKII kjsadks que texto mais nada a haver
Que bosta cara, analisou o mangá da forma mais superficial possível e paga de especialista em roteiro num post totalmente falacioso. Você não presta atenção nos arcos dos personagens e pega as características básicas deles e traços de personalidade pra tentar provar seu ponto. A culpa não é do mangá se vc não percebeu, mas deixa que eu explico.
Mikasa – Ela começa se importando apenas com ele e as pessoas do seu circulo familiar. No decorrer da história, ela aprende que pode viver sem o Eren, cria novos laços, percebe que não o entende tão bem assim, que sua relação não é recíproca e saudável para nenhum dos dois, aceita que eles são só família e não algo mais. E o mais importante, ela também começa a conseguir abrir mão dele pelo bem maior e confiando em pessoas que ela julga melhores para lidar com ele.
Armin – Esse por incrível que pareça eu acho mais simples. Ele começa achando que é inútil. Depois de perceber que tem valor, percebe que para vencer são necessário sacrificios, aí ele entra no dilema de sacrificar sua humanidade.
Antes de perceber, ele já está mais frio e fazendo isso. Depois de sacrificar sua humanidade, ele estando muito mais capaz e confiante, sacrifica sua própria vida. Depois ele acorda com uma responsabilidade que fazia morrer parecer fácil, e depois realiza seu sonho, mas não do jeito que ele queria, essa é a ultima vez que ele apareceu.
Eren – É aí onde vc mais erra. Ele é um ótimo protagonista e muito complexo. O ponto dele se tornar aquilo que odiava quase não ser abordado, é porque na verdade o Eren ele não achava isso ruim, ele simplesmente aceitou o poder como sua arma, algo que o fazia especial, depois de provar da sua fraqueza por anos. Ele literalmente tem um monólogo sobre isso e vc ignora.
Por boa parte do mangá, Eren se superestimou, achava que podia exterminar os titãs, achava que era especial pelo seu poder. Ele sofria do tal Efeito-Dunning Kruger (assim como outros dois personagens), que é claramente abordado no capítulo 71.
“O arco da revolução tem pouca conexão com o protagonista”. Outra falácia, ele apenas não aparece por alguns capítulos, mas o arco trata da recaída dele, a perda de confiança, enquanto o contrário acontece com a Historia, e os dois se ajudam a evoluir.
Quando os titãs são derrotados, Eren há muito tempo já não queria mais se vingar deles, mas vc tem a incapacidade de perceber até o que é exposto pelo mangá, então era de se esperar. Ele queria a liberdade, não mais no sentido de explorar o mundo, mas no sentido de poder viver em paz, então o foco dele se volta para a fonte do problema. Eu não gosto como ele mal se questiona sobre os titãs serem humanos, mas são claras as mudanças de foco dele.
Sobre a história
Meu Deus do céu, o que é aquela abominação que vc escreveu sobre a derrota dos titãs? DO QUE VC TAVA FALANDO?!?!? Nem eu entendi, parece até que tá falando de outro mangá, ou leu de cabeça pra baixo? Os titãs foram exterminados com aquela máquina, uma solução lógica e prática, mais interessante do que mais batalhas. O que isso tem a ver com o Levi, o Armin e o Erwin???????! Aquilo não era mais um grande problema comparado a Marley…
E aquele parágrafo sobre os nazistas, cara, é tão burro… Agora o mangá não pode nem usar de inspirações ou referências. Repare como a maioria dos personagens tinham nomes alemães, não é algo corrido ou copiado, é *o mundo todo* que odeia os Eldianos e Marley é uma potencia imperalista em *decadência*. E o objetivo não é criar vilões pra odiar, se vc ainda lê o mangá dever saber do que eu to falando. E se depois daqueles capítulos com o Reiner, que são muito mais character driven, vc ainda tiver a pachorra de falar que não existem arcos de personagens eu vou rir MUITO.
Eu passei um tempo ponderando se valia um segundo texto para responder ao seu comentário de maneira mais completa, conclui que não, então vamos por aqui mesmo.
A começar pela sua clara busca de me ofender enquanto pessoa, tá tudo bem, eu entendo que a adolescência é uma fase em que os hormônios estão sempre a flor da pele, fique tranquilo.
Agora falando sobre os personagens, de preferência, na ordem em que você os colocou:
Começando pela Mikasa, perceba que todas as coisas que você cita sobre ela, micro coisas que alteram muito pouco ou quase nada o jeito com que ela reage uma vez que tentou forçar o Levi a salvar o Armin quando o Erwin era claramente a escolha certa, são todas coisas que orbitam o Eren. Ela não passa de uma casca vazia que orbita o protagonista com poses cool que serve como plot device assassino.
Quanto ao Armin, dizer que ele tem um dilema de perda de humanidade é de uma bobeira sem tamanho. Em que momento Attack on Titan sequer discute o que é ser humano? Isso não é nem discutido com o Eren que se tornou um titã, quem dirá com o Armin só porque ele matou outro ser humano. “Ele acorda com uma responsabilidade que faz morrer parecer fácil”, algo que é abordado em lugar nenhum do mangá, já que o foco passa pro porão quase que instantaneamente e depois acontece o salto no tempo, mas hey, grande desenvolvimento realmente.
Por fim o Eren, bom a começar que eu não estava fazendo a linha como o Eren era, como o Eren ficou afinal “Estabelecido qual o estilo que a série mais se encaixa, vamos olhar aos objetivos até aqui” foi como eu comecei o parágrafo, mas claro que alguém que falou que leio de forma superficial notou isso. Quanto a não ser abordado porque o Eren não vê o poder de forma negativa, isso é um claro artifício criado pelo autor pra pular o desenvolvimento do conflito psicológico do mesmo, afinal a história precisa se manter andando, não se preocupando em entrar nos personagens, e não o contrário.
Inclusive eu acho bom estabelecer isso aqui, porque outros dos seus problemas com o texto vem desse mesmo fato. Attack on Titan não é um universo paralelo onde aquelas pessoas de fato existem. Ele é um história, escrita por alguém.
“Por boa parte do mangá, Eren se superestimou” sim, o Eren se superestimou e por isso foi engolido na batalha de Trost. Mas vemos que não mudou nada nas atitudes do personagem, por que, mais uma vez, não é o foco do mangá. Depois disso, no arco da revolução, ocorre uma passada de bastão na posição de protagonista do mangá (de forma nada natural, mal feita e baseada na popularidade) para o Levi, a partir daí se tornou interessante jogar o Eren pra baixo para ele servir de escada para o Levi, não é um arco, é uma estratégia de venda.
E engraçado você citar o capítulo 71, o exato capítulo que tem como página final o mangá dizendo que o Eren é especial para provar o seu ponto de que o Eren possui Efeito Dunning-Kruger (um jeito difícil de dizer que ele se achava um floquinho de neve, mas tranquilo a wikipédia me ajudou aqui).
“Outra falácia, ele apenas não aparece por alguns capítulos”, bom, vamo lá, pra isso eu preciso passar entre as relações do Eren com os arcos:
– Queda da Maria: começo da história, Eren vítima dos acontecimentos, o que acarreta
– Batalha do distrito Trost: ele estar presente nessa batalha, por ter se tornado soldado através
– Campo de Treinamento 104: flahsback do Eren buscando meios para a vingança
– Titã Fêmea: Eren por ser titã acaba se tornando membro da tropa do Levi, tinha conexão com a inimiga do arco por A-ambos serem da 104, B-Ela ser uma titã e merecer a morte por isso.
– O embate dos Titãs: aparecem titãs dentro da muralha, o que já torna esse arco relevante para o Eren, além disso ele descobre quem é o titã colossal e o encouraçado, ambos responsáveis indiretos pela morte da mãe dele, além de compartilharem A e B do arco anterior.
-A Revolução: Eren sequestrado, Erwin é forçado a fazer uma revolução enquanto Levi enfrenta seu passado.
Mais notável que isso a diferença desse arco pra todos os anteriores não dá pra fazer.
“enquanto o contrário acontece com a Historia” Historia, uma personagem do segundo escalão, beirando terceiro, que ganha importância pro roteiro por causa da mudança de foco (sem falar, que como grande fã, certamente leu o capítulo mais recente, que mostra como a personagem continua sendo um joguete, tanto quanto antes).
“Os titãs foram exterminados com aquela máquina, uma solução lógica e prática” um solução lógica? Certamente, isso faz menos pior que uma virada de página tenha exterminado todo o problema com o qual os personagens lutavam nos outros 89 capítulos? Não, afinal, como eu disse mais cedo, isso aqui é uma história, não é uma lista encadeada de fatos pra se inserir numa wikia. ”Aquilo não era mais um grande problema comparado a Marley” vale o mesmo raciocínio prévio, o leitor tá investido com os titãs, não com a nova trama que caiu de paraquedas. Eu não to pedindo 20 capítulos de porrada com titãs genéricos to pedindo que a história acabe onde se deve, ou no mínimo que me entregue uma transição de ameaça minimamente orgânica.
“E aquele parágrafo sobre os nazistas, cara, é tão burro… Agora o mangá não pode nem usar de inspirações ou referências” Eu disse que não pode? Eu disse que era barato, ou vai me dizer que nazistas são o exemplo dos personagens cinzas? Creio que não, não é verdade. Quanto a eles não serem feitos para serem odiados, engraçado, todos não eldianos foram mostrados como filhos da puta até aqui, mesmo do outro lado, os personagens com função de vender o “outro lado” são todos eldianos que ficaram no continente, mas claro que você também notou isso.
“E se depois daqueles capítulos com o Reiner, que são muito mais character driven, vc ainda tiver a pachorra de falar que não existem arcos de personagens eu vou rir MUITO.” Realmente, fazer dez capítulos confusos com o Reiner (um personagem que teve destaque tanto quanto o Jean até aquele ponto) e o mulequinho que acabou de ser introduzido revezando o papel de protagonistas foi uma construção de dar inveja a qualquer mangá.
No mais, dizer que algo é falacioso sem especificar a falácia cometida só fica parecendo que você quer falar bonito, mas não sabe direito do que tá falando, fica a dica.
esse negócio da confiança do Eren, era pra ser o desenvolvimento dele na primeira temporada pra ele aprender a não se superestimar, mesmo tendo o poder de titã. pq no arco da titã fêmea seus companheiros veteranos (que não são importantes e morrem pra chocar), são mortos por ela, bem como dezenas de outros soldado diretamente e indiretamente, mas Eren tem poder de titã, e foi inútil… e ainda teve que vergonhosamente ser salvo pela irmã, pessoa que ele queria provar que podia ser um soldado. lembrando do arco do treinamento lá no início. e quando a tropa de exploração volta pra dentro das muralhas derrotada e recebendo críticas de todos os lados, a tropa que ele sempre sonhou em se juntar. a junção de tudo isso era pra dar um golpe na confiança dele, ele ja era abusadinho antes de descobrir que tinha esse poder, depois que ele descobre, olha só, vc mesmo assim n pode se achar a última bolacha do pacote mesmo podendo virar um titã, tem outros que podem tbm e um deles até te derrotou e deu um golpe sério na tropa de exploração. o que me deixa mais indignado, é que no próximo capítulo Eren está Sereno e tranquilo, vamos seguir com a história, pra que dar um tempo pros seus personagens não é Isayama? inclusive mesmo depois de confirmar que a titã fêmea é a Annie, Eren não tem uma reação hostil, mas ele n é o personagem cabeça quente? a Annie ferrou a tropa de exploração e matou teus companheiros ( que nem ele mesmo se importa aparentemente), cadê a tua raiva?! não tem.
e mesmo quando ele fica em choque e não consegue se transformar pq não aceita que ela é a titã fêmea, era pra ele ter ficado tão chocado assim? ele e Annie não são exatamente melhores amigos forever, eles tem interações no arco do treinamento, sim, mas depois, na defesa de Trost quando o colossal aparece pela segunda vez, eles já não se falam mais pq vai acontecendo uma coisa atrás da outra. basicamente esse arco da titã fêmea é uma bela oportunidade desperdiçada.
eu te odeio Isayama, vc tem oportunidades interessantes e não aproveita elas pra fazer Eren aprender uma valiosa lição na primeira temporada, ”não se superestime só pq vc tem um poder maior, mesmo com um grande poder, vc não pode fazer tudo, com grandes poderes vem grandes responsabilidades”, tbm poderia ser ”vc não é especial”, mas o próprio cap 71 diz que Eren é especial, então é tudo em vão, pq ele se superestima, mas invés de aprender a baixar a bola, a própria obra fala que ele é especial.
a própria obra não quer que ele aprenda.
Gostaria de saber em qual capítulo do mangá fala sobre nazistas.. sério, onde tu viu isso? Eu li o mangá duas vezes e em NENHUM momento foi falado sobre nazistas. A estória já acabou? Então diga-nos qual o fim, pois aí não precisaremos mais ler o mangá.
SnK deixa mistérios em aberto sim. Se não deixasse, o mangá terminaria em 10 capítulos.
Tu se contradiz a TODO MOMENTO. Iniciou a “análise” falando que a obra foca no roteiro e não em desenvolvimento de personagens, e no terceiro parágrafo reclama do não desenvolvimento dos mesmos.
Enfim, texto porco e até em certo ponto de mau caratismo absurdo.
Bom, vamos por partes. Começando pelo “Eu li o mangá duas vezes e em NENHUM momento foi falado sobre nazistas”:
Muito bem observado que a palavra “nazista” não foi citada em nenhum momento durante a obra, mas, vamos as “coincidências” entre o mundo real da segunda guerra e o mundo exterior:
-Campos de concentração;
-Pessoas de um povo em específico marcados como se fossem gado;
-Cultura de que judeus, digo eldians, não são humanos;
-Execuções de pessoas com base no lugar onde nasceram;
Digo, até o visual do lado de fora da ilha é baseado no começo do século XX, não tem com estar mais claro que isso nem se eles tivessem uma Estrela de Davi no braço (oh, espera, eles tem sim).
“Tu se contradiz a TODO MOMENTO. Iniciou a “análise” falando que a obra foca no roteiro e não em desenvolvimento de personagens, e no terceiro parágrafo reclama do não desenvolvimento dos mesmos.”:
Bom, na verdade é o contrário, eu defini Shingeki como focada no roteiro exatamente por não desenvolver os personagens, o que se segue é só a justificativa da minha opinião, lamento não ter ficado tão claro.
“A estória já acabou? Então diga-nos qual o fim, pois aí não precisaremos mais ler o mangá.”
Essa não precisa justificar só: “Importante falar também que esse texto não é uma review (afinal é uma obra em andamento)” e “esse texto contém spoilers até o capítulo 90 do mangá.”, acho que essas duas frases deixam bastante claro que eu estou falando do mangá ATÉ O CAPÍTULO 90.
No mais, beijo no coração e estou realmente MUITO curioso pra todas as outras “contradições” que eu fiz durante TODO O TEXTO e como você consegue julgar meu caráter com base no mesmo.